Aos que Sonham
Não se pode sonhar impunemente
Um grande sonho pelo mundo afora,
Porque o veneno humano não demora
Em corrompê-lo na intima semente…
Olhando no alto a árvore excelente,
Que os frutos de ouro esplendidos enflora,
O sonhador não vê, e até ignora
A cilada rasteira da serpente.
Queres sonhar? Defende-te em segredo,
E lembra, a cada instante e a cada dia,
O que sempre acontece e aconteceu:
Prometeu e o abutre no rochedo,
O calvário do filho de Maria
E a cicuta que Sócrates bebeu!
Raul de Leoni
Anúncios
parabéns pelo belíssimo poema.
Ficamos felizes que tenha gostado, Claudio!
Esta poesia é de Raul de Leoni, poeta brasileiro que em vários poemas uniu filosofia e poesia.
Confira mais de sua obra nos posts antigos do Acrópole Poética.
🙂